sexta-feira, 11 de abril de 2008

Obras de Yukio Suzuki

"A exata colocação dos elementos plásticos confere à arte de Yukio Suzuki uma extraordinária clareza. Nada é vago ou está a mercê do interesse social. Ao contrário, todas as coisas são únicas, idênticas à si mesmo e afirmam que não poderiam ser de outra maneira. Pode ser dito que esta arte contém extrema precisão. De que tipo de clareza e precisão estamos falando? Certamente não se trata de nenhum sistema binário e mecânico de combinações e permutações. E nem mesmo é a impecabilidade do traço ou o rigor delimitador das áreas cromáticas. Nesta organização artística de Yukio Suzuki o que confere a justeza plástica é a evidente certeza dos alvos emocionais. Nesta arte cabe sempre identificar o fluxo emocional e se por de acordo com ele."
- Jacob Klintowitz

Nascido em Sendai, cidade do nordeste japonês, Yukio Suzuki nunca aceitou ser outra coisa senão pintor. Aos 22 anos de idade teve seus trabalhos admitidos na Exposição de Arte Moderna do Jornal Kahoku, conhecida sede do vanguardismo nipônico, onde retornou dois anos depois, em 1950.

O pintor foi um mestre das cores e das formas puras e precisas. Seu trabalho se destaca pelo gosto eclético e sensível. Admirado por críticos e colecionadores importantes, Suzuki foi um mestre das cores e das formas puras e precisas. Autor de uma obra vasta, eclética, esse artista raro deixou um trabalho que, como observou o crítico Casimiro Xavier de Mendonça, “harmoniza, num jogo sutil, inteligência e emoção”.

Em São Paulo, está em exposição "A Viagem de Yukio Suzuki", no MuBE - Museu Brasileiro da Escultura. São 104 obras do artista japonês que retratam sua trajetória. A mostra tem como objetivo dimensionar a qualidade do seu trabalho e exaltar sua contribuição nas artes plásticas. O público pode visitar o evento até o dia 1º de maio, das 10h às 19h, de terça a domingo. A curadoria é das artistas Lila Papenburg e Sonia Bogaz, com a consultoria de Shoko Suzuki, viúva de Yukio. São 59 pinturas sobre telas e uma instalação que ganhará destaque especial: a enorme maçã, uma escultura com 2,5 de altura criada para a 14ª. Bienal Internacional de São Paulo, em 1977. A Grande Maçã foi construída em resina e fibra de vidro servindo um dos temas da Bienal, Recuperação de Paisagem, como uma sugestão para embelezar alguns pontos da cidade.

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