Cores, colagens, cores, tintas, cores, cortes, cores. Esses substantivos podem representar a essência da obra de Beatriz Milhazes, artista plástica brasileira, que no último mês de junho, teve o seu quadro, "O Mágico", leiloado em Nova York pela bagatela de US$ 1,049 milhão.
Nascida na cidade do Rio de Janeiro, em 1960, Beatriz é formada em Comunicação Social. Mas, foi na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde lecionou e coordenou atividades culturais, que efetivamente começou a sua carreira nas artes plásticas.
Integrou a Geração 80, um grupo de artistas que buscou retomar a pintura, contrapondo-se às vertentes 'conceituais' dos anos 70. Sua obra estabelece diálogos com o Barroco, as obras de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), as padronagens ornamentais, as mandalas de Jung e o Art Déco, entre outras referências. Entre 1997 e 98, foi artista visitante em várias universidades dos EUA e, a partir dos anos 90, se destacou em mostras internacionais, passando a integrar os acervos do MoMa, Guggenheim e Metropolitan de Nova York.
As obras de Beatriz são marcadas pela diversidade de cores e de formas. São inúmeros elementos recortados e colados sobre os outros, com as mais diversas tonalidades. O único padrão seguido por Beatriz são as matizes fortes. Como ela mesma já afirmou, "(...) sem a cor a imagem não acontece. Quando a sinfonia das cores não funciona, a sedução acaba." É na questão cromática, no "conflito" de cores - e ainda de tantos elementos - que tanta coisa acontece ao mesmo tempo em sua obra.
"Tenho dificuldade de ver esse caráter sensual e de volúpia que as pessoas vêem na minha obra. Não trabalho a questão da sedução, sou pintora abstrata, me considero artista geométrica", ela diz. "Acho até que tudo é muito perturbador, tem muito excesso. Não é fácil conviver com os meus trabalhos", afirmou certa feita, a artista.
Na carreira, Beatriz já expôs no Japão, recebeu convites para China e Rússia, e recentemente descobriu uma peça sua comprada para um acervo de arte contemporânea no Irã. Hoje tem representação em São Paulo, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Suas obras vão desde telas e pinturas, até colagens e painéis em lugares públicos como lojas e bibliotecas. Um de seus painés mais ilustres é o que fica na famosa loja britânica Selfridge's, em Manchester.
Confira mais obras de Beatriz Milhazes clicando aqui, aqui e aqui.
4 comentários:
Tive o privilegio de ser aluna de Beatriz Milhazes no Parque Lage em 1987 no Parque Lage. Sua obra é vibrante, contagioante como diz o seu livro cheia de cor e volupia.
Estou escrevendo um artigo cientifico para minha pos-graduacao em Design de Estamparia e o tema escolhido foi Arte e Estampa Beatriz Milhazes. Preciso de toda a informacao que puderem me enviar sobre ela.
alzira,
me diga o seu e-mail para que possamos entrar em contato.
Obrigado.
João Paulo Scoralick
Olá João Paulo. Vc comentou no meu Esquina da Música e vim até aqui conhecer o seu blog. Gostei muito. Adoro Beatriz Milhazes. Fiquei fã dela quando tive que fazer um trabalho para a faculdade sobre a Geração 80 das artes plásticas...
Bom, parabéns pelo blog tb.
Abs,
Postar um comentário