terça-feira, 26 de agosto de 2008
escape 13 no Guns N' Roses Brasil
quinta-feira, 31 de julho de 2008
As formas e as cores de Beatriz Milhazes
Nascida na cidade do Rio de Janeiro, em 1960, Beatriz é formada em Comunicação Social. Mas, foi na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde lecionou e coordenou atividades culturais, que efetivamente começou a sua carreira nas artes plásticas.
Integrou a Geração 80, um grupo de artistas que buscou retomar a pintura, contrapondo-se às vertentes 'conceituais' dos anos 70. Sua obra estabelece diálogos com o Barroco, as obras de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), as padronagens ornamentais, as mandalas de Jung e o Art Déco, entre outras referências. Entre 1997 e 98, foi artista visitante em várias universidades dos EUA e, a partir dos anos 90, se destacou em mostras internacionais, passando a integrar os acervos do MoMa, Guggenheim e Metropolitan de Nova York.
As obras de Beatriz são marcadas pela diversidade de cores e de formas. São inúmeros elementos recortados e colados sobre os outros, com as mais diversas tonalidades. O único padrão seguido por Beatriz são as matizes fortes. Como ela mesma já afirmou, "(...) sem a cor a imagem não acontece. Quando a sinfonia das cores não funciona, a sedução acaba." É na questão cromática, no "conflito" de cores - e ainda de tantos elementos - que tanta coisa acontece ao mesmo tempo em sua obra.
"Tenho dificuldade de ver esse caráter sensual e de volúpia que as pessoas vêem na minha obra. Não trabalho a questão da sedução, sou pintora abstrata, me considero artista geométrica", ela diz. "Acho até que tudo é muito perturbador, tem muito excesso. Não é fácil conviver com os meus trabalhos", afirmou certa feita, a artista.
Na carreira, Beatriz já expôs no Japão, recebeu convites para China e Rússia, e recentemente descobriu uma peça sua comprada para um acervo de arte contemporânea no Irã. Hoje tem representação em São Paulo, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Suas obras vão desde telas e pinturas, até colagens e painéis em lugares públicos como lojas e bibliotecas. Um de seus painés mais ilustres é o que fica na famosa loja britânica Selfridge's, em Manchester.
Confira mais obras de Beatriz Milhazes clicando aqui, aqui e aqui.
domingo, 27 de julho de 2008
Skelewags
Talvez esta seja a melhor definição para os Skelewags, obra do artista urbano Chewie e que vai virar livro em breve.
O estilo do artista é muito interessante e combina interessantemente com as edificações e muros espalhados pelas grande metrópoles.
O site do projeto está sob construção. Então, por enquanto, confira mais imagens dos Skelewags clicando aqui e aqui.
terça-feira, 22 de julho de 2008
A nudez fotografada
Tunick, 40 anos, nasceu em Nova York e estudou Belas Artes no Emerson College, em Boston. Fez um curso intensivo de fotografia durante 1 ano no International Center of Photography em Nova York e atualmente vive e trabalha no Brooklin, um bairro na mesma cidade.
Desde 1992, Tunick trabalha com fotografia e vídeo sobre a figura humana nua em espaços públicos. Seus trabalhos mais importantes e que o fizerem reconhecido mundialmente, são os projetos Naked States, que percorreu 50 estados americanos durante 06 meses fotografando a população e Nude Adrift onde visitou 9 países em 7 continentes, levando milhares de pessoas a se despirem em público, em Barcelona conseguiu o maior número de pessoas de toda sua turnê – 7 mil pessoas se despiram para o artista.
Antes desses ambiciosos projetos, Tunick fotografava nas ruas de Nova York, o primeiro projeto chamado America Zone contava com uma ou duas pessoas nuas e em seguida Reaction Zone, já com um número maior de participantes — chegou a fotografar 100 pessoas — e que lhe rendeu 05 prisões por atentado ao pudor. Após estes episódios, Tunick entrou com um processo na Corte Suprema dos Estados Unidos contra a prefeitura de Nova York para garantir sua liberdade de expressão artística, sua integridade física e dos participantes.
O trabalho de Tunick faz parte do acervo de diversas galerias e museus em várias partes do mundo como a Hales Galeria, em Londres, e a Art and Public em Geneva. Já esteve presente com suas instalações em diversos eventos artisticos como a 25ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 2002 e a 1ª Bienal Valencia, na Espanha em 2001.
Mas, focando o objetivo da obra do artista, a questão principal na arte de Tunick é o porquê do nudismo: loucura? Pornografia? Arte? Enfim, há alguma forma de classificar a obra de Spencer Tunick?A presença nas artes plásticas, de corpos humanos despidos, sempre foi recorrente, sobretudo sob a representação feminina, que foi alvo de diversos pintores ao longo da história da arte. Contudo, a nudez masculina nunca foi foco de manifestações artísticas, ficando quase que exclusivamente restrita a questões de estudos científicos sobre o corpo humano.
A partir da representação física unificada de homens e mulhers, Spencer Tunick produz algo excentricamente inovador e ultrajante para a sociedade. Como encarar diversos corpos humanos, nus, de diversas cores, tamanhos, em diferentes posições, espalhados em locais públicos?
O artista propõe duas reflexões principais com sua obra: a presença da arte em espaços públicos, temporária ou permanentemente e o modo como vemos a privacidade e a intimidade no espaço urbano. Enfim, Tunick exprime toda a sua criatividade viajando ao redor do planeta, para escolher locais significativos e angariar voluntários que queiram ser parte da sua obra.
Confira mais fotos e informações sobre Spencer Tunick e suas obras, clicando aqui, aqui, aqui e aqui.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Obras de Yukio Suzuki
O pintor foi um mestre das cores e das formas puras e precisas. Seu trabalho se destaca pelo gosto eclético e sensível. Admirado por críticos e colecionadores importantes, Suzuki foi um mestre das cores e das formas puras e precisas. Autor de uma obra vasta, eclética, esse artista raro deixou um trabalho que, como observou o crítico Casimiro Xavier de Mendonça, “harmoniza, num jogo sutil, inteligência e emoção”.
Em São Paulo, está em exposição "A Viagem de Yukio Suzuki", no MuBE - Museu Brasileiro da Escultura. São 104 obras do artista japonês que retratam sua trajetória. A mostra tem como objetivo dimensionar a qualidade do seu trabalho e exaltar sua contribuição nas artes plásticas. O público pode visitar o evento até o dia 1º de maio, das 10h às 19h, de terça a domingo. A curadoria é das artistas Lila Papenburg e Sonia Bogaz, com a consultoria de Shoko Suzuki, viúva de Yukio. São 59 pinturas sobre telas e uma instalação que ganhará destaque especial: a enorme maçã, uma escultura com 2,5 de altura criada para a 14ª. Bienal Internacional de São Paulo, em 1977. A Grande Maçã foi construída em resina e fibra de vidro servindo um dos temas da Bienal, Recuperação de Paisagem, como uma sugestão para embelezar alguns pontos da cidade.
Confira mais obras de Yukio Suzuki clicando aqui.
sexta-feira, 28 de março de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
Poemas de Andreas Zumbi
As vicissitudes da vida e a inerente perplexidade do ser humano frente a elas são um dos temas principais do esfíngico jovem poeta gaúcho, Andreas Zumbi. Os dois poemas abaixo, exprimem claramente os assuntos supracitados e fomentam saudáveis reflexões do leitor diante de seu cotidiano.
No primeiro texto, Zumbi reflete sobre a imutabilidade de um indivíduo frente as peripécias da mutável e imprivisível mente humana, que fazem dele uma antítese na qual um morto-vivo, moribundamente, brada por vida. O vazio e as incertezas provenientes de acontecimentos precipitados e nebulosos definem a temática do segundo poema de Zumbi.
RÉQUIEM VITAL DE UM ESTÁTICO
(Andreas Zumbi)
Costumes intactos sempre invadem minha mente
Percorrem-a, incessante, intermitantemente
Mente, mente, mente...
Será que ela mente?
Insólita representação, permanentemente, incoerente
Moribundamente, tento trapaceá-la
Ironicamente, incito-me a transformá-la
Substancialmente, o que me resta é aceitá-la
Inconsequentemente, tenho a insólita certeza de que não devo mais enfrentá-la
Afinal, o que é a realidade
Senão, a intermitente certeza
De que toda procrastinação e toda maldade
São assertivas mentais do realístico vital embate
Por conseguinte, reservo-me do direito pseudo-justo
De cândida abstenção à incerteza
Pois, o que me resta, senão o impulso
Ao estado certo de que o imutável faz da vida tirolesa?
BLANK
(Andreas Zumbi)
Tédio, que me invade silenciosamente
Dúvida, que paira sobre mim inocentemente
Certeza, de que tenho que mudar antes que seja tarde
Sentimento, que dubiamente me arde
Preciso de uma reposta concreta
Mas uma solução seria melhor
Pois o medo de mudar traz a certeza incerta
De que se o que de dentro virá, sabido será de cor
Vítima do acaso certo
Talvez até antecipado
Quiçá precipitado, adiantado, não sei
Do qual é díficil se libertar, eu sei
Não sei...